quinta-feira, 5 de abril de 2012

'Estou só começando', diz Claudia Leitte sobre ter mais filhos


Grávida de seis meses, cantora falou sobre maternidade, culpas e críticas nos bastidores do ‘Superbonita', onde atua como apresentadora convidada.



A pauta do programa é beleza, mas é a gravidez de Claudia Leitte que rouba a cena nos bastidores da gravação do “Superbonita”, do GNT. A cantora é uma das apresentadoras convidadas – juntamente com Sandy e Preta Gil -, para substituir Luana Piovani, que está em licença-martenidade.

Aos seis meses de gestação, Claudia foi paparicada por outras convidadas desta edição do programa, como  Yasmin Brunet.  “Você está linda. A barriga está pequenininha, mas linda”, elogiou a modelo.
Cercada de mimos, Claudia falou sobre sua segunda gestação – ela já é mãe de Davi, de 3 anos –, sobre a experiência como apresentadora e sobre a relação com as críticas. “Aprendi que não posso agradar a todo mundo e parei de sofrer”, afirmou ela. Confira mais:

EGO: Como se saiu apresentando o programa? Foi boa entrevistadora?
Claudia Leitte:
 Fui, mas protegi todas as minhas 'vítimas' (risos). Podia falar de questões pessoais, mais invasivas, mas evitei porque tenho apreço por elas.

Mas é um programa de beleza. Não teria muito que tirar delas, não?Mais ou menos. No programa que gravei com a Angélica, a pauta do programa era sobre gravidez. Procurei fazer de um jeito em que perguntasse as coisas, mas que não envolvesse tanto questões pessoais. Por exemplo, tem telespectadora que manda e-mail querendo saber como é o sexo na gravidez.

Essa proteção é fruto de suas experiências pessoais? Não quer se expor tanto?Quem é pessoa pública acaba ficando exposto. O problema é que algumas pessoas assumem a posição de juízes e querem julgar. Como se o artista que tivesse ali não fosse um ser humano como ele, fosse apenas alvo do seu julgamento. É difícil explicar, mas ali também bate um coração (risos).


Como você lida com críticas?Já me importei, mas hoje em dia vejo que, assim como falam de mim, falam de todos os outros artistas, todos os outros atletas, todas as outras celebridades. Sempre vão pontuar alguma coisa que não é tão positiva, salientar aquilo de forma agressiva ou fazê-lo por puro ócio. Aprendi que isso acontece com todo mundo, que não é pessoal, que em dado momento não sou mais um ser humano, que viro uma coisa com a qual as pessoas querem brincar, falar mal. Aprendi que há uma superestimação do que realmente somos. As pessoas nos veem de forma diferente, elas se incomodam com qualquer falha, com uma roupa que não está no lugar, com uma maquiagem borrada ou até com o fato daquela pessoa existir e a outra não poder estar no lugar dela. Agora já sei que isso acontece. Não nutro mais nenhum sentimento ruim em relação a isso. Só torço para que a pessoa saia dessa.

Demorou para aprender essas lições?Demorou muito. Tenho 11 anos de carreira, e demorei a entender. Mas também levei umas porradas. Daí, fui responder no Twitter, dei importância a quem não merecia. Mas isso também acontece porque você não tem dimensão daquilo que você é.
Você  leva mais 'porrada' à medida que fica mais importante? À medida que aparece mais?Quanto mais você cresce, mais pessoas falam de você. Até porque mais pessoas te assistem e vão se importar ou não com suas atitudes. Ainda que eles sejam corretos, alguém não vai gostar, alguém não vai reconhecer, nem ficar feliz com aquilo. Quem não gosta do que você faz critica porque quer mudar alguma coisa. Quem não gosta de você critica porque não quer que você exista.
Você já fez terapia ou recorreu a algum tipo de ajuda para entender esses sentimentos todos?Não tenho religião, mas converso todos os dias com Deus. Também leio a bíblia, e vejo que independente da época, é tudo igual. Você consegue resposta para tudo ali. Daí me pergunto: o que Jesus faria em tal situação? Vejo que teve um dia que ele entrou no templo e quebrou a zorra toda, expulsando os vendilhões. No outro, Ele perdoou sete vezes 70. Nisso, percebo que às vezes você precisa se impor e derrubar o negócio todo, em outras, você precisa dar a cara a tapa e perdoar. Essa é minha terapia. Falar com Deus e buscar inspiração Nele.

Como você recebeu a proposta para enfrentar o desafio de apresentar um programa, o Superbonita?Achei massa, mas procurei não me intrometer muito. Recebi as pautas e as biografias das participantes e fui em frente. A dica mais preciosa que recebi foi seja espontânea, conduza o papo e fique à vontade.

Inspirou-se em alguma apresentadora?Volto para casa pensando nas gravações e fico lembrando do jeito como Hebe já agiu comigo, como Angélica já fez... Aliás, Angélica me deu várias dicas enquanto estava sendo entrevistada por mim.

Além dessa participação no ‘Superbonita’, toparia apresentar um programa seu?Não tenho como prever. Já recebi algumas propostas para apresentar alguns programas, de diversos segmentos, desde programa de música a talk show, mas nunca consegui conciliar com a minha agenda. Mas gosto de comunicar.
E que pequenos micos você paga por causa da inexperiência com o assunto?Sou muito acelerada. Às vezes o diretor fala para mim que vamos falar de uma coisa, mas a cabeça começa a voar e já estou em outra etapa. Acabo esquecendo o que era pra falar (risos).
Você falou de tempo, mas está fazendo essa participação, está para lançar o DVD, está grávida, tem um filho pequeno. Como consegue conciliar tudo isso?Só consigo porque tenho uma equipe maravilhosa. É imprescindível se cercar de pessoas que entendem o seu ritmo, que não te veem como uma máquina, mas também não como uma diva, que não pode ser tocada. No mais, é ter muita coragem. Eu sei que tem muitas mães que tem que dar um duro danado, deixar o filho na creche para ir trabalhar. Eu, graças a Deus, tenho minha mãe, meu pai, meus sogros. São pessoas de confiança, de quem eu posso me valer. Mas é difícil (com os olhos marejados).

Está doendo mais trabalhar agora, com a gravidez, a sensibilidade aflorada e um filho pequeno te esperando em casa?Não está doendo, não. Estou mais emotiva por causa da gravidez, mas faço o que gosto. Além disso, faço de tudo para estar perto do Davi. Às vezes, chego de um show às três da manhã, e as oito ele vem me acordar, me chamar para brincar de golpe (de luta). Acordo, com sono, e vou brincar com ele. Davi é muito lindo. Mas não sofro, nem me sinto culpada, não.
O que está diferente nessa segunda gravidez?Está muito rápida. Está passando muito rápida. Daqui a pouco acabou (risos).
Pretende parar nesses dois?Nada! Estou só começando. Ser mãe é minha melhor função. Sou uma guerreira e quero ter mais.
Fonte: Ego









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