segunda-feira, 2 de abril de 2012

SPL 3 Anos - Entrevista com Carol Celico


SPL: Você e o Kaká se conheceram em 2002 e logo iniciaram o namoro no mesmo ano ainda no Brasil, quando ele ainda jogava pelo SPFC. Mesmo já tendo morado fora para estudos quando adolescente, como você lidou com a mudança para Itália dois anos depois, desta vez casada, e na época tendo apenas 18 anos? 
Carol: Foi uma mudança muito fácil. Levei poucas malas, e minha adaptação foi excelente. Já conhecia bastante a cidade e muitas pessoas, então me senti "em casa". A saudade da família veio quando tive meus filhos. Me vi mais sozinha, sem muita ajuda para cuidar deles. 

SPL: Quais foram os maiores desafios ou dificuldades que você enfrentou por namorar e posteriormente se casar com um jogador tão conhecido e cobiçado por tantos clubes no mundo, e seguido constantemente pela imprensa e torcedores? 
Carol: Como sempre fui ciumenta, era difícil ter que dividi-lo em tantas formas, como tempo e atenção com tantas pessoas. Também depois de casada, eles jogam duas vezes por semana, então com os dias de concentração, eram 4 dias por semana longe dele. As vezes a solidão era sofrida, mas quando vieram os filhos tudo ficou mais fácil. 

SPL: Conforme sua biografia em seu site oficial, assim que foi morar na Itália você inicialmente trabalhou em um hotel, depois iniciou um curso de Administração de Moda. O que a fez perceber que este não era o seu ramo a seguir? Porque não seguiu com a culinária/gastronomia, considerada uma de suas paixões na adolescência? 
Carol: Ainda amo gastronomia, pretendo me aprofundar em cursos de especialização. Mas ficava até muito tarde trabalhando, chegava em casa depois de meia noite. O Kaká ficaria muito sozinho nos momentos que eu poderia ficar com ele, que não são muitos. Entao resolvi deixar o restaurante do hotel.

SPL: Em 2009/2010, Kaká passou por um período de lesão muito difícil, em que muitos disseram que ele não atuaria mais em alto nível quando recuperado, ou até que não voltaria mais a jogar. Como você lidou com essa situação e de que forma o motivou a persistir? 
Carol: Foi duro para mim nao poder ajudar em muitas coisas, não poder fazer com que ele parasse de sentir dores. Mas fiz um ambiente sempre receptivo e em paz em casa, sem pressão e sem cobranças para que ele se sentisse bem ao lado de mim e dos filhos. A familia ganhou a devida importância no momento que o profissional estava abalado. 

SPL: Em algum período crucial da sua vida de casada, como durante a gravidez por exemplo, você passou alguma dificuldade por estar longe dele, devido à agenda de jogos?Carol: Sempre ficamos longe, e com as copas (já passamos por três juntos) e também no periodo de pré campeonato, ou jogos com a seleção, ou até mesmo quando eu engravidei e fui para o Brasil ganhar meus filhos, foram períodos que ficamos bastante tempo longe. O ideal é não deixar que a comunicação e o contato diário falhe. Se não o casamento fica muito abalado e as vidas começam a seguir separadas.

SPL: Seu CD e DVD lançados em 2010 que levam o seu nome tiveram a participação da cantora Claudia Leitte em uma das faixas. Como foi fazer essa parceria com uma cantora de um estilo musical tão diferente? 
Carol: Foi uma honra ela aceitar cantar comigo, uma pessoa que nunca havia cantado antes. E também um privilégio ter uma pessoa com valores bem parecidos com os meus e com o coração voltado em fazer o bem e pessoas felizes. 

SPL: Você sempre teve vocação para música? Ou teve influência de algum familiar e de algo que a levou por este caminho, como a vivência na igreja? 
Carol: Toquei piano desde pequena, e as reuniões com mulheres que fazia em Milão, me fizeram começar a cantar.
SPL: Qual foi a sensação de ver que após apenas três meses disponíveis na internet, as músicas do seu CD já haviam alcançado a marca de mais de 1,5 milhões de downloads? Você esperava por tamanho sucesso? 
Carol: Não esperava. Fiz um projeto para que atingisse pessoas que precisassem ouvir as músicas e terem um encontro especial com Deus em suas vidas e seus corações. Não imaginei que seriam tantas. 

SPL: Antes de conhecer o Kaká, você já se interessava por futebol? Tem algum time de coração? 
Carol: Nunca me interessei por futebol. Meu pai, como era são-paulino, dizia que eu também era. 

SPL: Deixe uma mensagem à todas as mulheres que gostam de futebol e estão envolvidas de alguma forma com o esporte. 
Carol: Acho uma enorme responsabilidade e admiro, todas as mulheres que tem a diciplina para o esporte. Muitas são mães, esposas, e imagino como deve ser difícil conciliar o tempo e a vida para estar em todos os lugares e com todos que precisam delas. Bato palmas para elas e desejo que tudo corra bem, os sonhos de cada uma sejam realizados e todas tragam enriquecimento ao esporte e coragem a outras mulheres que desejam seguir a carreira no esporte. Parabéns por serem mulheres, mulheres no esporte.


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