As revelações saem do país cada vez mais cedo - e por cada vez mais dinheiro
Kaká: revelação são-paulina, ele não teve tempo de brilhar no Brasil
Supervalorizados, muitos jovens craques que disputarão o Campeonato Brasileiro deste ano devem se despedir de seus clubes já na metade do ano. O meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar, do Santos, e Lucas, do São Paulo, estão na categoria de jogadores especiais capazes de mudar os rumos de uma competição. Mas é bem possível que nem cheguem a deixar sua marca na história do Brasileirão - podem ir para a Europa antes disso.
Ídolos em seus clubes apesar da pouca idade, Neymar (19 anos), Ganso (21) e Lucas (que atingiu a maioridade em agosto do ano passado, quando começou a virar titular do São Paulo) já eram vistos por olheiros europeus desde as categorias de base. Depois que confirmaram seus talentos jogando entre os profissionais, o assédio tornou-se inevitável. Com a aproximação da abertura da janela de transferências, é inevitável que recebam propostas.
Exemplos de jogadores que deixaram o Brasil precocemente não faltam. Kaká, em 2001, deixou o São Paulo aos 21 anos - sem ter tempo para conquistar grandes marcas - e foi brilhar no Milan. Apesar da pouca idade, não sentiu a pressão e transformou-se em ídolo, conquistando até o troféu de melhor do mundo. Mesmo tendo sido formado no São Paulo, tem uma relação muito mais próxima com a torcida italiana do que com a paulista.
Tentação - Robinho, com a mesma idade que Kaká, resolveu deixar o Santos para se transferir para o Real Madrid. Ao contrário do são-paulino, custou a fazer sucesso na Europa - talvez pelo fato de não ter embarcado rumo à Europa tão preparado quanto Kaká. Ex-zagueiro do Corinthians, Lyon e Cruzeiro, o agente de jogadores Marcelo Djian afirma que o ano de 1998 foi determinante para que os jovens jogadores deixassem o país mais cedo.
"Desse período para cá, a lei ficou igual ao resto do mundo. Acaba o contrato e o jogador está livre para sair e acertar com outra equipe", lembra ele. Caso uma equipe brasileira dispense uma proposta milionária por um jovem atleta, corre o risco de perdê-lo sem ganhar dinheiro algum, pouco tempo depois. E não faltam propostas tentadoras. "A qualidade dos atletas brasileiros sempre atrai os europeus”, diz o empresário.
Prontos - Para Djian, jogadores como Neymar, Ganso e Lucas estão preparados desde já para jogar na Europa. “Quem joga no Brasil joga em qualquer lugar do mundo. O que às vezes acontece é o jogador não se adaptar com o estilo europeu", conta. "Acredito que se o Santos vencer a Libertadores, o Ganso e o Neymar ficam para o Mundial. Caso contrário, o clube não teria como fazer para segurar esses jogadores", completa.
De acordo com um estudo da empresa Euroamericas Sports Marketing, cerca de 1.440 jogadores que atuavam no Brasil foram contratados por times do exterior só entre os anos de 2009 e 2010. Mas vale lembrar que o problema não é exclusivo dos brasileiros. O número é ainda maior na Argentina, cuja economia não vive um momento tão promissor quanto a brasileira. Mais de 1.800 argentinos foram se aventurar na Europa e em outros mercados no mesmo período.
Ídolos em seus clubes apesar da pouca idade, Neymar (19 anos), Ganso (21) e Lucas (que atingiu a maioridade em agosto do ano passado, quando começou a virar titular do São Paulo) já eram vistos por olheiros europeus desde as categorias de base. Depois que confirmaram seus talentos jogando entre os profissionais, o assédio tornou-se inevitável. Com a aproximação da abertura da janela de transferências, é inevitável que recebam propostas.
Exemplos de jogadores que deixaram o Brasil precocemente não faltam. Kaká, em 2001, deixou o São Paulo aos 21 anos - sem ter tempo para conquistar grandes marcas - e foi brilhar no Milan. Apesar da pouca idade, não sentiu a pressão e transformou-se em ídolo, conquistando até o troféu de melhor do mundo. Mesmo tendo sido formado no São Paulo, tem uma relação muito mais próxima com a torcida italiana do que com a paulista.
Tentação - Robinho, com a mesma idade que Kaká, resolveu deixar o Santos para se transferir para o Real Madrid. Ao contrário do são-paulino, custou a fazer sucesso na Europa - talvez pelo fato de não ter embarcado rumo à Europa tão preparado quanto Kaká. Ex-zagueiro do Corinthians, Lyon e Cruzeiro, o agente de jogadores Marcelo Djian afirma que o ano de 1998 foi determinante para que os jovens jogadores deixassem o país mais cedo.
"Desse período para cá, a lei ficou igual ao resto do mundo. Acaba o contrato e o jogador está livre para sair e acertar com outra equipe", lembra ele. Caso uma equipe brasileira dispense uma proposta milionária por um jovem atleta, corre o risco de perdê-lo sem ganhar dinheiro algum, pouco tempo depois. E não faltam propostas tentadoras. "A qualidade dos atletas brasileiros sempre atrai os europeus”, diz o empresário.
Prontos - Para Djian, jogadores como Neymar, Ganso e Lucas estão preparados desde já para jogar na Europa. “Quem joga no Brasil joga em qualquer lugar do mundo. O que às vezes acontece é o jogador não se adaptar com o estilo europeu", conta. "Acredito que se o Santos vencer a Libertadores, o Ganso e o Neymar ficam para o Mundial. Caso contrário, o clube não teria como fazer para segurar esses jogadores", completa.
De acordo com um estudo da empresa Euroamericas Sports Marketing, cerca de 1.440 jogadores que atuavam no Brasil foram contratados por times do exterior só entre os anos de 2009 e 2010. Mas vale lembrar que o problema não é exclusivo dos brasileiros. O número é ainda maior na Argentina, cuja economia não vive um momento tão promissor quanto a brasileira. Mais de 1.800 argentinos foram se aventurar na Europa e em outros mercados no mesmo período.
Fonte: Veja
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