quarta-feira, 10 de julho de 2013

Kaká diz não ter apego à camisa 10 da seleção e elogia Neymar

Kaká, vestindo tradicional roupa chinesa, chuta bola  

Kaká já foi o dono de uma das marcas mais famosas do planeta, a camisa dez da seleção brasileira.
Mas ele garante que não sentiu o golpe por perdê-la para Neymar, que pelo que mostrou na Copa das Confederações, parece ter assegurado a honra de levar nas costas por um bom tempo o número que já foi de Pelé.

"Não penso nisso", disse o jogador à Folha, durante visita promocional que o trouxe à China no começo deste mês.

"Acho que [a camisa dez] está muito bem representada. O Neymar está muito bem. E eu nunca fui ligado em números. Aliás, gosto do 8, que eu vestia no São Paulo e agora, no Real." 

Animado com a declaração de Felipão após a Copa das Confederações, de que as portas da seleção continuam abertas, Kaká diz estar confiante em voltar a jogar no mesmo nível que lhe deu o prêmio de melhor jogador do mundo, em 2007.

Com a saída do treinador português José Mourinho do Real Madrid, que o deixou no banco do time espanhol na maior parte da última temporada, o meia tem a chance de voltar a trabalhar com um velho conhecido, o italiano Carlo Ancelotti.

Ele espera ganhar mais oportunidades com o treinador italiano, não apenas para se firmar no Real, mas para voltar a vestir a camisa da seleção brasileira numa Copa do Mundo. Mesmo que não seja com a camisa 10.

"Estou com essa expectativa. Nós convivemos seis anos no Milan. Mantendo um pouco mais de continuidade eu posso voltar àquele nível. Depende muito do quanto eu jogar", diz Kaká.

O ex-meia do São Paulo nega que o mau relacionamento com Mourinho tenha sido o motivo de não ter se firmado no time titular do Real Madrid sob o comando do treinador português.

"Nunca tive nenhum problema pessoal com o Mourinho. Todo treinador tem os jogadores em que confia e ele confiava em outros jogadores", resume. "Era uma relação totalmente profissional. Eu poderia ter tido mais oportunidades, mas foi a preferência do treinador."

Kaká, que foi nomeado "embaixador de intercâmbio cultural Brasil-China", diz que no momento não lhe passa pela cabeça voltar a jogar no São Paulo.

"Hoje eu não penso nisso. Tenho mais dois anos de contrato com o Real Madrid e pretendo cumpri-lo. Penso muito nessa temporada, não consigo nem visualizar a próxima", explica.
Mas deixa uma brecha, dizendo que um dia talvez considere a possibilidade de voltar vestir a camisa tricolor. "Seria legal, por toda a minha história no São Paulo. Mas ainda é uma ideia vaga para mim", conclui.

Fonte: Folha de São Paulo

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