Timão tenta Kaká, mas craque do Real diz não

O Corinthians vem se destacando neste ano por contar com um time de operários, mas isso não quer dizer que sua diretoria tenha desistido de contratar um astro. De olho no mercado, o clube do Parque São Jorge foi atrás de Kaká, do Real Madrid. Mas o ex-são-paulino não se interessou pela oferta e disse não aos corintianos.

Antes de abrir negociação com os espanhóis, os dirigentes alvinegros conversaram com o pai de Kaká, Bosco Leite. A proposta era de empréstimo por um ano, com a promessa de que o salário do jogador seria alto — ações de marketing ajudariam a aumentar o valor.

A esperança da diretoria estava no fato de o meia andar em baixa no time espanhol. A direção do Real Madrid espera por uma oferta convincente para negociar o camisa 8. Além disso, o atual vice-presidente do Corinthians e antigo diretor de marketing do clube, Luiz Paulo Rosenberg, gosta bastante do futebol e da imagem de Kaká.

Os dirigentes do Timão também esperavam convencer o jogador com aquele discurso segundo o qual a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil e jogar por aqui pode facilitar o retorno dele à seleção brasileira.

Os argumentos não colaram. O camisa 8, apesar das poucas chances que vem recebendo do técnico português José Mourinho, rejeita a ideia de sair da Europa para ganhar um salário inferior ao atual — recebe 10 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões) por temporada.

O meia completou 30 anos em abril. Tem consciência de que não conseguirá um outro contrato igual ou superior ao firmado com o Real. Mais do que isso, ele prefere morar na Europa. Só sairia de lá se recebesse uma proposta financeira irrecusável. Coisa que dificilmente vai acontecer, levando em conta as frequentes lesões das quais o craque é vítima. Ao ouvir o não do meia, o Corinthians nem tentou fazer uma contraproposta. Desistiu imediatamente da negociação.

O meia também está na mira do PSG, da França, e do Milan, clube que defendia quando ganhou o prêmio de melhor do mundo, em 2007. Seu contrato com o Real Madrid vai até 2015 e, se quiser manter os ganhos atuais, provavelmente ele continuará na Espanha por muito tempo. Mesmo encostado.

Fonte: Diário de São Paulo