Sistema tributário italiano impede volta de Kaká, diz Milan

Dirigente descarta retorno do ídolo - e avisa que seria 'impossível' pagá-lo

O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, afirma que a volta do meia Kaká ao clube, muito cogitada na imprensa europeia, é "impossível" - não por causa de motivos técnicos, mas sim pela pesada carga de impostos na Itália. O jogador, que se recuperou de uma contusão no início do ano, parece não estar nos planos do técnico José Mourinho, do Real Madrid. Um retorno ao antigo clube, onde Kaká é ídolo até hoje, seria uma boa saída, mas o Milan diz que não tem dinheiro para manter o mesmo salário que o brasileiro ganha hoje. Isso porque, no sistema tributário italiano, para oferecer o que o jogador recebe em Milão, o clube teria de gastar muito mais que o Real, em função da alíquota maior do imposto de renda.

"Kaká não voltará a Milão", garantiu Galliani, tentando acabar com os rumores. "Mesmo se o clube quisesse, não poderíamos pagá-lo. Ele tem um salário que não podemos assumir. Na Espanha existe uma tributação diferente. No futebol italiano é impossível", avisou o cartola em entrevista ao jornal Marca, da Espanha. O jogador, que passa férias no Brasil, já declarou que tem vontade de cumprir os próximos três anos de contrato com a equipe de Madri. Além do desejo de justificar sua caríssima contratação pelo Real, Kaká diz que sua família está totalmente adaptada à capital espanhola. Galliani também desmentiu a negociação de Robinho com o Málaga, da Espanha, dizendo que, por enquanto, o brasileiro fica em Milão.

Fonte: Veja